Focando Paraíba

Mulheres são maioria do eleitorado em mais de 50 cidades da Paraíba

Dados das Eleições Municipais de 2024 divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que dos 223 municípios paraibanos, apenas 51 têm a proporção maior entre eleitores homens em relação às mulheres.

A distribuição geográfica do eleitorado revela que, em quase 77,13% há mais eleitores mulheres do que homens. Uma proporção maior que a brasileira, que chega a 62%. Em contraste, 22,86% dos municípios paraibanos têm a maioria de homens votantes. No país esse percentual é de 38%.

Em João Pessoa, a diferença é de 19% a mais de mulheres em relação aos homens. São 253.018 eleitores e 313.272 eleitoras. Patos, no sertão paraibano, vive situação parecida com as mulheres superando o eleitorado em 18%.

Bayeux, na região Metropolitana de João Pessoa se destaca com a maior diferença percentual no eleitorado, onde a população feminina supera a masculina em cerca de 14%. Seguem-se Campina Grande e Santa Rita, com diferenças de 14% e 10,84%, respectivamente.

Em contraste, há dois municípios que mostram uma situação um pouco diferente, com proporções quase equilibradas ou ligeiramente favoráveis aos homens.

Catingueira apresenta proporção de apenas -1,31%, indicando uma diferença quase nula entre os gêneros, enquanto São José de Espinharas mostra uma pequena vantagem para o número de eleitores homens com uma diferença de 8,31%. (confira tabela completa ao final da matéria)

Sub-representatividade da mulher

Esses números refletem a importância das mulheres no processo eleitoral, um desafio de mudança para as Eleições 2024, já que as mulheres seguem sub-representadas nos processos decisórios.

Dados do TSE mostram que em 2016 os paraibanos elegeram 39 prefeitas. Quatro anos depois, em 2020, esse quantitativo foi reduzido para 37 – apenas 16,5% do total de municípios do Estado, embora apenas 15,5% das eleitoras paraibanas deixaram de votar.

Com o avanço das políticas de inclusão, o trabalho didático desempenhado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba em relação à punição a fraudes à cota de gênero, pode tornar possível construir um cenário político mais equilibrado e representativo para o futuro.

Fonte: Jornal da Paraíba