O renomado escritor monteirense Efigênio Moura, autor de quinze obras que capturam a essência da cultura nordestina, lançou sua candidatura à cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras (ABL), anteriormente ocupada pelo poeta Antonio Cicero Correia de Lima. A decisão de candidatar-se reflete seu desejo de dar visibilidade à cultura e linguajar do Nordeste, áreas frequentemente marginalizadas na literatura nacional.
Efigênio Moura é conhecido por obras marcantes como “Eita Gota!” e “Ciço de Luzia”, além de “Sertão de Bodocongó” e “Carolino”, que exploram as realidades da vida sertaneja e os costumes do Cariri paraibano. Ele tem um compromisso forte em dar voz ao interior nordestino, colocando em evidência questões sociais, culturais e linguísticas que moldam a identidade da região.
Em uma carta endereçada à ABL, Moura sublinha a importância do “falar nordestino”, referindo-se a ele como um patrimônio cultural digno de representação na literatura brasileira. Suas obras, que já integram programas de vestibular e currículos escolares, refletem essa missão, ao compartilhar histórias e tradicões que revelam a resiliência e criatividade do povo nordestino.
Caso seja eleito para a Academia, Efigênio Moura se compromete a intensificar a representação das vozes nordestinas no espaço literário. Ele defende que o verdadeiro falar do povo deve continuar a ecoar, garantindo que as narrativas e experiências dos nordestinos sejam devidamente reconhecidas e respeitadas.
A candidatura de Efigênio Moura é um passo significativo na busca por maior diversidade e inclusão dentro da ABL, e suas propostas oferecem uma nova perspectiva que pode enriquecer o panorama literário brasileiro. As eleições para a cadeira 27 prometem agitar o cenário cultural, trazendo à tona discussões sobre a valorização das vozes periféricas e o papel da literatura na construção identitária.
Os próximos dias serão cruciais para a avaliação de sua candidatura, e a expectativa é alta entre os admiradores de sua obra, que aguardam ansiosos para ver se Efigênio Moura poderá levar adiante a missão de fortalecer a literatura nordestina na Academia Brasileira de Letras.
Fonte: OPIPOCO