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Desenrola Brasil: regras do programa de renegociação de dívidas são divulgadas

O governo federal publicou uma portaria que oficializa as regras do Desenrola Brasil, programa de renegociação de pequenas dívidas. A iniciativa será dividida em duas faixas e prevê o perdão de dívidas de até R$ 100. A medida foi publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (28).

Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa é limitado a famílias que ganhem até dois salários mínimos e estejam devendo até R$ 5.000. A estimativa do governo é que o Desenrola beneficie cerca de 70 milhões de pessoas.

Confira as regras do Desenrola Brasil:

Faixa 1

Na Faixa 1 do programa, serão contempladas pessoas com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único. Poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5.000 feitas até 31 de dezembro de 2022.

Nessa faixa, o Desenrola não abrange dívidas que:

  • possuam garantia real;
    • sejam de crédito rural;
    • de financiamento imobiliário; e
    • de operações com funding ou risco de terceiros.

Na opção de financiamento da dívida, as operações de crédito no âmbito do Desenrola — Faixa 1 deverão atender aos seguintes critérios:

  • taxa de juros de no máximo 1,99% ao mês;
    • carência de no mínimo 30 dias e no máximo 59 dias, a depender da data da contratação da nova operação de crédito e do vencimento da primeira parcela;
    • data de contratação da nova operação de crédito até 31 de dezembro de 2023;
    • prazo mínimo de dois meses e máximo de 60 meses para o pagamento das operações;
    • parcela mínima de R$ 50; e
    • sistema de amortização Price.

Faixa 2

A Faixa 2 do programa vai atender pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. Assim como na Faixa 1, o Desenrola vai atender a dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022 e que continuam ativas. O devedor terá prazo mínimo de 12 meses para o pagamento.

Não podem ser enquadradas no Desenrola — Faixa 2 as dívidas que:

  • sejam relativas a crédito rural;
    • possuam garantia da União ou de entidade pública;
    • não tenham o risco de crédito integralmente assumido pelos agentes financeiros;
    • tenham qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos; ou
    • tenham qualquer equalização de taxa de juros por parte da União.

Fonte: R7

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